Biblioteca Comunitária SIMÕES LOPES NETO
Notícias / Novidades
Receba por email
Voce está em    Associados    Marina Lima Leal    Textos
Texto publicado no sítio da ACE em 01/02/2021 Retornar textos da autora Retornar textos da autora
Formato PDF
Imprimir texto Imprimir texto
A TÃO ESPERADA VACINA
Mesmo todas as doses recebidas, são insuficientes para dar conta da largada da Campanha do Brasil, no combate a Covid 19. Para isso seria necessário, segundo os especialistas, a produção nacional de vacinas.
Porém o empecilho para isso é a falta de matéria-prima para a realização do processo. Trata-se do ingrediente farmacológico ativo (IFA) o princípio ativo que é o mais importante, pontua o virologista e professor titular do Instituto de Ciências Básicas da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Paulo Michel Roehe.
Como o Brasil não possui a tecnologia necessária para o desenvolvimento local do IFA, fica na dependência da importação. Atualmente a matéria-prima se encontra na China e cogita-se que a dificuldade seria uma resposta do governo asiático, aos sucessivos ataques do presidente do Brasil.
Quem teria capacidade de desenvolver os IFAs seriam o Instituto Butantan em parceria com a Coronavac e a farmacêutica chinesa Sinovac e a Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, em um acordo com a Universidade de Oxford e Astra Zêneca. Por enquanto, seguimos na dependência da importação.
Os contratos, feitos pelo Brasil, foram divididos em três fases: primeira fase: recebimento da vacina importada, pronta, que é fracionada e embalada em português, no Brasil. Na segunda fase, as instituições brasileiras importam o IFA e produzem a vacina. Por fim, na terceira fase, ocorre a transferência completa da tecnologia, para que os laboratórios daqui possam produzir integralmente as vacinas. Isto já ocorreu com a vacina Influenza (gripe) que atualmente é produzida no Instituto Butantã.
A expectativa é de que o Butantã e Fiocruz possam produzir as vacinas independentes da importação dos IFAs, o que nos tornaria autossuficientes e garantiria a produção das doses necessárias.
A dificuldade, por parte do governo brasileiro, no reconhecimento da pandemia, pode ter atrasado o início do processo para compra. A crise sanitária exigiria dos governos uma antecipação das negociações para a aquisição dos imunizantes.
Justamente numa hora tão dramática, com a chegada da vacina a conta gotas, temos a triste constatação que há gente, que só pensa em vantagens indecorosas e tudo faz para receber a vacina, antes daqueles que tem prioridade, com visível e grave prejuízo, dos que estão na linha de frente. O Ministério Público Federal já investiga casos de prejuízos sofridos por cidadãos em 12 estados, pela simples e pecaminosa decisão de quem praticou o "fura-fila”. Lamentável!
Marina Lima Leal
25 de janeiro de 2021.
 
Desenvolvido, mantido e hospedado por TecnoArte