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Marina Lima Leal
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TERMINA A GREVE DO
MAGISTÉRIO ESTADUAL |
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Em Assembleia Geral realizada na última
5ª feira, dia 07 de julho, na Casa do Gaúcho, em
Porto Alegre, professores e funcionários de escola, através
de sua instância máxima, decidiram pelo término
da greve, que foi a mais longa dos últimos 25 anos. Foram
54 dias. |
Com os salários congelados desde o
início do governo Sartori, em 2015, há meses
recebendo parcelado e com a chegada à Assembleia
Legislativa da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO), sem qualquer aceno de reajuste salarial para o próximo
ano, a categoria decidiu em Assembleia Geral, no dia 13 de maio
último, entrar em greve. |
Esta greve teve uma característica
diferente das demais. As ocupações que os
estudantes realizaram em quase 200 escolas foram sem dúvida,
um reforço à greve do magistério. |
Helenir Aguiar Schürer, presidente do
CPERS/Sindicato chegou a afirmar: "O grande ganho desta
greve foi que no Rio Grande do Sul, professor e funcionário
não lutam mais sozinhos pela escola pública. Temos
pais e alunos que foram sujeitos nesta greve. Criamos um elo
muito forte". |
A paralisação chega ao fim
sem a sinalização de qualquer ganho salarial, mas
algumas conquistas foram conseguidas, como a revogação
do projeto, que estabelece a revisão dos critérios
para a concessão da gratificação de difícil
acesso, o que significa que nenhum professor terá redução
no seu já minguado salário. Acreditamos porém,
que o maior ganho tenha sido as ocupações das
escolas pelos estudantes, o que expressa que ganharam em consciência,
quando perceberam que tinham de lutar por melhores condições
em suas escolas. Que têm direito a uma escola pública
de qualidade. |
Terminada a greve o CPERS/Sindicato,
orientou seus 42 Núcleos para que, a partir da Lei de
Gestão Democrática, iniciem a organização
do calendário de recuperação dos dias
letivos e das horas aulas, que devem ser aprovados pelos
Conselhos Escolares e encaminhados às Coordenadorias
Regionais de Educação (CREs). Lembramos que os
Conselhos Escolares são compostos por pais, professores,
funcionários de escola e alunos, portanto, por toda a
comunidade escolar, que é quem mais conhece a real situação
de cada estabelecimento de ensino. |
Após uma greve se revela uma grande
preocupação com a recuperação das
aulas, o que é justo. Porém, não há
a mesma preocupação, quando há falta de
professores em muitas disciplinas nas escolas do Estado, às
vezes por um grande período do ano letivo. |
A greve é um instrumento legítimo
de luta dos trabalhadores, porém os educadores não
teriam a ela recorrido, se seus direitos fossem respeitados e
recebessem um salário digno. |
O Piso Salarial Nacional, apesar de não
ser uma grande remuneração, foi aplaudido pelos
professores, que lutaram por ele por mais de 20 anos. A Lei
existe desde julho de 2007, por iniciativa do presidente Lula,
mas não é cumprida pela maioria dos estados e
municípios. A determinação legal é
importante, mas é necessário que seja cumprida. Não
pode existir somente no papel. |
Profª. Marina Lima Leal |
Julho de 2016. |
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