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Texto publicado aqui em 22/10/2014 Retornar textos da autora Retornar textos da autora
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PROFESSOR EM TEMPO INTEGRAL
Em outubro, mês em que se comemora o "Dia do Professor" costumo dedicar uma crônica ao importante trabalho deste profissional.
Hoje o tema que pretendo desenvolver é o do excesso de trabalho, desempenhado por grande número de professores.
Com o objetivo de melhorar seu salário, que na maioria dos casos é muito inferior ao dos profissionais com a mesma formação, o professor divide-se em várias jornadas, lecionando muitas vezes nos três turnos e em mais de uma escola. Dependendo da disciplina que ministra, chega a ter centenas de alunos.
Este ritmo de trabalho resulta em cansaço do profissional e, muitas vezes, acaba prejudicando a qualidade de suas aulas.
A situação se agrava, quando se trata das mulheres, que constituem a maioria na profissão, porque apesar de todos os avanços em relação à questão de gênero, muitas vezes são elas que, ao chegar em casa cansadas, ainda tem que realizar as tarefas domésticas, porque com o salário que ganham, fica difícil contratar uma auxiliar.
Se as escolas ficam próximas da casa, facilita o deslocamento, mas se ficam distantes umas das outras, o trânsito, muitas vezes caótico, tem que ser enfrentado e o tempo gasto no vai e vem entre elas, aumenta o cansaço do profissional.
No Rio Grande do Sul um, em quatro docentes, trabalha em mais de uma escola.
Fora da sala de aula há provas para elaborar e corrigir, lições a preparar, reuniões e estudos para fazer, pois o professor precisa estar atualizado e, para isto, precisa de tempo.
A jornada múltipla acaba comprometendo o ensino. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, considera que todos saem perdendo. "São duas pessoas totalmente penalizadas: o professor pelo cansaço e o aluno pela qualidade abaixo do que deveria ter".
O ideal seria que todos os professores trabalhassem numa só escola e com uma carga horária menor, o que favoreceria a criação de vínculos com a comunidade e, em especial com o aluno, permitindo um acompanhamento mais eficaz do seu desempenho.
Levantamentos realizados demonstram que a maioria dos educadores tem amor por sua profissão, mas se sentem desvalorizados. A maioria dos estados e municípios, ainda não paga nem o Piso Salarial, que é muito inferior ao que o Tribunal aprovou recentemente, como auxílio moradia para os juízes.
 
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