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Texto publicado aqui em 04/11/2019 Retornar textos da autora Retornar textos da autora
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SÍNODO DA AMAZÔNIA
Sínodo é uma reunião de bispos e outros convidados, convocado e presidido pelo Papa. É um mecanismo de consulta do Pontífice.
Sínodo é uma reunião de bispos e outros convidados, convocado e presidido pelo Papa. É um mecanismo de consulta do Pontífice.
O Sínodo da Amazônia foi anunciado pelo Papa Francisco, em 2017, para tratar de assuntos comuns aos nove países do Bioma, organizados em dois eixos: pastoral católica e ambiental, ou seja, debater a situação do ambiente e dos moradores locais, incluindo os povos indígenas.
O Sínodo teve início no dia 6 e se estenderá até o dia 27 de outubro e se realiza no Vaticano. Está sendo organizado após amplo debate, com a população local, que forneceu o diagnóstico da situação na Amazônia. Foram ouvidas oficialmente, cerca de 90 mil pessoas.
O Papa Francisco, na abertura do encontro, fez uma fala que teve um tom de crítica social e política: criticou o fogo que vem devastando a Amazônia. Este fogo, disse: não é o fogo do Evangelho, mas um fogo devorador que quer queimar as diferenças, para homogeneizar tudo e todos.
Atribuiu a destruição aos “novos colonialismos”, que “querem apenas avançar suas próprias ideias e queimar o diferente, para padronizar tudo e todos”.
Um grupo de índios brasileiros, ligados ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI), participou da cerimônia, levando ao papa o material do ofertório e, no final, abriu faixas, dentro da Basílica, com dizeres em português e italiano: “contra o roubo e a devastação e invasão de territórios indígenas”.
O Sínodo, por suas posições, tem provocado críticas da ala conservadora da Igreja e do governo Jair Bolsonaro, incomodado com a questão ambiental e pressionado pela situação na Amazônia.
Isto só faz crescer a expectativa pelo encontro e seus resultados. Uma comissão especial prepara o texto síntese, que será votado pela assembleia e, uma vez aprovado, será entregue ao Papa, que poderá usá-lo como diretrizes para o clero.
Canoas, 7 de outubro de 2019.
Marina Lima Leal
 
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