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Texto publicado aqui em 03/06/2020 Retornar textos da autora Retornar textos da autora
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RETORNO ÁS AULAS
O governo do Estado divulgou na tarde a última 4ª feira, 27, o calendário de retorno às aulas, dividido em 4 etapas, que se estenderão de 01 de junho a 01 de setembro.
Na primeira etapa, que começa na próxima segunda feira, tem início o Ensino remoto, para todos os níveis das redes pública e privada, nesta, muitas escolas já vem desenvolvendo atividades à distância desde o final de março. Uma vez mais, ficam evidenciadas as diferenças estruturais e a desigualdade social entre os alunos das duas redes.
A plataforma escolhida para viabilizar o ensino remoto nas escolas estaduais é a Classroom, do Google for Education. Desconhecida da maioria dos professores e alunos, traz grande preocupação, pois as aulas deverão iniciar daqui 3 dias e os professores relatam falta de orientação de como proceder. Não foram preparados para esta modalidade de Ensino, tampouco os alunos. Se havia intenção, por parte do governo, de adotar este procedimento, pelo menos os professores teriam que ter sido preparados e os equipamentos comprados, nestes 2 meses de distanciamento social.
Grande parte dos alunos e professores, não tem acesso à internet ou o que possuem é muito precário, não sendo suficiente para o desenvolvimento das aulas.
A Secretaria de Educação (SEDUC) afirma que, este primeiro momento deve ser de capacitação, para que estudantes e professores se habituem ao ambiente digital e que serão disponibilizados computadores para todos os educadores da rede, mas ainda não há data para que isto aconteça.
O CPERS/Sindicato lamenta não ter sido consultado na elaboração do modelo de Ensino remoto e de volta às aulas elaborado pelo governo do Estado, pois neste processo, deveriam participar todos os atores sociais envolvidos: professores, agentes educacionais, alunos e pais. A pandemia é um fato excepcional, que exige o esforço e a participação de todos, para uma possível retomada das atividades educacionais.
O ano letivo não corresponde necessariamente ao ano civil, portanto, neste momento de medo e de incertezas, não temos que nos preocupar apenas em cumprir o ano letivo até o final do ano de 2020. A Educação é um processo, cujas etapas não podem deixar de ser cumpridas. O retorno só deve se dar, quando tivermos dados, baseados em critérios científicos, de que a Covid-19 está sob controle e que as escolas estão em condições de oferecer segurança, tanto nas questões de estrutura, equipamentos de proteção e quadro de pessoal, para que os alunos e educadores possam retornar com tranquilidade.
Marina Lima Leal
Tramandaí, 29 de maio de 2020.
 
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