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Marina Lima Leal
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ORÇAMENTO
PARTICIPATIVO EM XEQUE |
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O Orçamento Participativo é
uma das melhores formas de participação da
sociedade nas decisões do governo, direciona o uso dos
recursos públicos e é uma forma de controle dos
gastos. |
Criado em 1989, pelo então prefeito
da Capital, Olívio Dutra e mais tarde implantado a nível
estadual, quando ele se tornou governador, o Orçamento
Participativo foi reconhecido pela Organização das
Nações Unidas como uma das melhores práticas
de gestão pública urbana no mundo. |
A partir de sua implantação,
autoridades de diversas partes do mundo visitaram Porto Alegre e
se inspiraram no modelo gaúcho, para implantar a
participação popular em diversas cidades.Serviu de
modelo para iniciativas reproduzidas em Paris,Barcelona,
Bruxelas, Toronto e em milhares de outras cidades do mundo, onde
o nome da capital gaúcha era sempre mencionado, como
pioneira na sua implantação. |
Em 2001, com a realização do
Forum Social Mundial em Porto Alegre, o Orçamento
Participativo ganhou visibilidade internacional. |
Apesar do indiscutível valor e
importância do Orçamento Participativo, ele está
sendo colocado em xeque: o prefeito Nelson Marchezan anunciou
sua suspensão por dois anos. Pela primeira vez, em quase
30 anos, um governo suspendeu o processo. |
Agentes políticos e especialistas
acreditam que, com esta medida, a ferramenta de participação
popular está sob ameaça. Para o professor Alfredo
Alejandro Gugliano do departamento de Ciência Política
da UFRGS, que estuda orçamentos participativos há
mais de uma década, a suspensão das assembleias do
OP representa uma perda na "qualidade democrática"
da nossa Capital. |
Consideramos lamentável que, num
momento em que o processo está sendo levado adiante, nas
principais cidades do Planeta, os porto-alegrenses sejam
privados da capacidade de discutir e decidir onde deverão
ser aplicados parte significativa dos investimentos municipais. |
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Marina Lima Leal |
Abril de 2017. |
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