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Marina Lima Leal
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MULHER E
LITERATURA |
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A cada Dia Internacional da Mulher
costumamos fazer um balanço das conquistas e das
dificuldades que a mulher ainda enfrenta na sociedade. |
Hoje refletiremos sobre a posição
que a mulher vem ocupando na Literatura. Percebe-se que nas
prateleiras das livrarias, há muito mais livros escritos
por homens. Isto não se dá porque poucas mulheres
estejam escrevendo, mas porque muitas desistem antes de publicar
seus livros, por insegurança, pelo medo de errar,
duvidando de seu próprio potencial. É uma questão
histórica, fruto de uma sociedade machista, que incute na
mulher que o que ela escreve vale menos. |
Aliam-se a esta, outras causas, como a
dupla ou tripla jornada a que a mulher, especialmente a de
classes menos favorecidas, vem sendo historicamente submetidas;
são os deveres da profissão, os cuidados com os
filhos e com a casa e, muitas vezes, a falta da participação
dos companheiros na divisão das tarefas, o que permitiria
à mulher, mais tempo para se dedicar à escrita. |
Apesar de todas estas dificuldades, temos
grandes escritoras no Brasil e no Rio Grande, mas muitas vezes não
são valorizadas. Basta observar, por exemplo, que o número
de mulheres escolhidas para patronas de Feiras de Livros é
muito menor que o de homens. |
Na Feira de Porto Alegre, um evento que
orgulha a todos os gaúchos, dos 53 patronos escolhidos até
hoje, 47 foram homens e apenas 6 mulheres. |
Em Canoas, considerada a 2ª maior
Feira do Estado, do total de escolhidos 23 foram homens e 7
mulheres, portanto, Canoas ainda apresenta vantagem em relação
a Porto Alegre, na representatividade das mulheres. |
Para colaborar para a resolução
deste problema, as oficinas literárias são
importantes oportunidades para as mulheres irem escrevendo seus
textos e conseguindo segurança para mostrar o que
escrevem. |
Como se conclui, apesar de tudo o que a
mulher conquistou nos últimos anos, em algumas áreas,
ainda há muito a conquistar. |
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Marina Lima Leal |
Tramandaí, março de 2018. |
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