Notícias /
Novidades |
Receba por email |
|
|
|
Voce está em
Associados
Marina Lima Leal
Textos |
|
O MINISTÉRIO
DA EDUCAÇÃO NO GOVERNO BOLSONARO |
|
Todos sabemos que a
Educação em nosso país, raramente tem sido
tratada, pelos governantes, como prioridade, a não ser
nos discursos pré-eleitorais. Porém, no atual
governo, questões superficiais, confrontos estéreis
e discussões ideológicas através das redes
sociais têm substituído a urgência em
melhorar a qualidade e o acesso à Educação.
Primeiramente com Ricardo Vélez Rodriguez, depois com
Abraham Weintraub na gestão deste importante Ministério,
foram tempos preciosos desperdiçados com controvérsias,
no mínimo, dispensáveis. |
Para aqueles que verdadeiramente se
preocupam com a Educação, Weintraub não vai
deixar saudade de sua passagem pelo Ministério. Sem
experiência na área, chegou ao MEC por afinidade
com bolsonaristas e acumulou conflitos, por tensão
constante com educadores, secretários de educação,
estudantes e reitores. Até a data da realização
do ENEM ele queria manter a prevista anteriormente, sem
considerar todos os problemas causados pela pandemia. Só
voltou atrás, com grande mobilização de
entidades ligadas ou preocupadas com a educação. |
Weintraub corre ainda o risco de ser preso
por ter defendido a prisão dos vagabundos do
Supremo Tribunal Federal e por estar ligado ao esquema de
ataques às instituições e de disseminação
de fake news. |
Na quinta-feira (18), ele anunciou, ao lado
de Jair Bolsonaro, que estava deixando a pasta, após
aceitar o convite para ocupar um cargo de direção
no Banco Mundial. No dia19, sexta feira, ele chegou aos Estados
Unidos, mas sua exoneração só foi publicada
no Diário Oficial da União, no sábado, dia
20, quando já havia chegado lá, ou seja, viajou
ainda como ministro. |
Foi como autoridade oficial, o que ainda é
permitido nos EUA, pois os demais brasileiros estão
impedidos de ir para lá, por causa do Covid 19, ou seja,
Bolsonaro pode ter colaborado na fuga de um criminoso. Anuncia a
saída dele do Ministério na quinta-feira e sua
exoneração sai apenas após 48 horas, no Diário
Oficial União, para evitar que fosse impedido de entrar
nos EUA. Isto tem um nome: obstrução da justiça. |
Na 3ª feira, 23, o Decreto de Exoneração
foi retificado, estabelecendo os efeitos da demissão a
partir da 6ª feira, 19 de junho. Atitude, no mínimo,
estranha. |
A indicação de Weintraub para
o Banco Mundial, com altíssimo salário, poderá
ser barrada. A Associação de Funcionários
do Banco Mundial (WBG Staff Association) enviou carta ao
conselho de ética da Instituição, com críticas
duras ao ex-ministro e pedindo que sua nomeação ao
cargo seja reavaliada. |
Eis o conteúdo do documento: Solicitamos
formalmente ao conselho de ética que reveja os fatos por
trás dessas múltiplas alegações, com
intenção de colocar sua indicação em
espera, até que essas alegações possam ser
revisadas e garantir que o sr Weintraub seja avisado de que, o
tipo de comportamento pelo qual ele é acusado, é
totalmente inaceitável nesta instituição. |
Quando finalizávamos este texto, era
anunciado o nome do novo Ministro da Educação.
Aguardemos os próximos capítulos. |
|
Marina Lima Leal |
Tramandaí, 25 de junho de 2020. |
|
|
|