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Texto publicado aqui em 01/07/2020 Retornar textos da autora Retornar textos da autora
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O LENTO RETORNO NAS ESCOLAS ESTADUAIS
Como já se previa, finda a primeira semana de implantação das aulas remotas na rede estadual, quase nada mudou na rotina dos alunos e os educadores estão trabalhando cada vez mais.
Professores que não possuíam equipamento para promover as aulas on line, continuam sem ele e sem a formação que lhes seria oferecida, em tempo recorde. Os estudantes que não tinham acesso à internet, continuam sem ele e, a maioria das escolas continua sem condições de orientar os educadores sobre o processo. Fazem o que podem, trabalhando através do whatsapp ou do Facebook, como já vinham fazendo e ainda não se tem previsão de quando, medidas de apoio tecnológico, vão vigorar de fato. Poucos alunos dão retorno das tarefas, por não possuírem internet ou por muitos pais não saberem como orientar seus filhos.
O CPERS/Sindicato denuncia que os professores estão doentes, estressados, endividados e agora, com mais esta sobrecarga de trabalho.Com a remuneração atrasada, acabam tendo que cortar os gastos com telefonia. Em lugar de oferecer alguma alternativa, a SEDUC informa que “para aqueles que não possuem aparelho celular, as escolas funcionarão em regime de plantão com agendamento, respeitando todos os protocolos de saúde, para que possam utilizar a estrutura da instituição de ensino”. Em que condições?
Com todas estas dificuldades, as escolas tem que improvisar. Alguns alunos buscam livros e materiais de apoio, diretamente nas escolas, com todos os riscos que possam correr, neste tempo de pandemia.
A SEDUC informa ainda, que neste mês estará fazendo o levantamento dos estudantes que não possuem acesso à internet e realizará o processo de ambientação digital dos alunos e professores, na plataforma Google Classroom. Quanto ao contrato com as operadoras de telefonia, está ainda, em fase de tramitação.
Diante do exposto, conclui-se que as aulas remotas não deslancharam e os entraves ainda são muitos, para que venham a ocorrer de forma satisfatória.
Reforçamos a nossa posição de que as aulas presenciais só devem ser retomadas quando tivermos dados, baseados em critérios científicos, de que a Covid-19 está sob controle e as escolas estão em condições de oferecer segurança, tanto nas questões de estrutura, equipamentos de proteção e quadro de pessoal, para que os alunos e educadores possam retornar com tranquilidade.
Marina Lima Leal
Tramandaí, 6 de junho de 2020.
 
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