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Texto publicado aqui em 04/09/2012 Retornar textos da autora Retornar textos da autora
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JORGE AMADO, 100 ANOS
Jorge Amado nasceu em 10 de agosto de 1912, em Itabuna, na Bahia. O Brasil comemora, portanto, o centenário de seu nascimento.
Em 1913, uma praga de varíola obrigou a família a deixar a fazenda em Itabuna e se estabelecer em Ilhéus, onde Jorge Amado viveu a maior parte da infância e cidade que lhe serviu de inspiração para vários romances.
Foi para o Rio de Janeiro, então capital da república, para estudar na Faculdade de Direito, da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Durante a década de 1930, a Faculdade era um polo de discussões políticas e de arte, tendo ali travado seus primeiros contatos com o movimento comunista organizado, o que veio a influenciar sua obra, cujos temas traduzem os problemas e injustiças sociais, o folclore, a política, crenças e tradições, e a sensualidade do povo brasileiro, contribuindo assim para a divulgação deste seu aspecto característico. Suas obras são das mais significativas da moderna ficção brasileira, com 49 livros, propondo uma literatura voltada para as raízes nacionais.
Em 1945 foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), o que lhe rendeu fortes pressões políticas. Como deputado, foi o autor da emenda que garantiu a liberdade religiosa, pois conviveu com o sofrimento dos que seguiam os cultos vindos da África e, no Ceará, viu protestantes saqueados por fanáticos com uma cruz à frente, então correu atrás de assinaturas até conseguir a aprovação da sua emenda e desde então, a liberdade religiosa tornou-se lei. Também foi autor de outra emenda, a que garantiu os direitos autorais.
Foi casado com Zélia Gattai, também escritora, que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras. Teve três filhos: João Jorge, Paloma, e Eulália.
Por conta de sua posição política, viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga (1951 a 1952). Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos autorais dos seus livros.
Torna-se impossível falar da vasta obra de Jorge Amado neste espaço, mas queremos fazer referência apenas às mais admiradas personalidades femininas, que ele legou a nossa literatura: Gabriela, Dona Flor, Tereza Batista e Tieta, que marcaram a mais popular fase de sua produção literária, em que se dedica a compor tipos populares marcantes. Estas mulheres rompem com a sociedade tradicional, escravista, machista, denunciando a hipocrisia e a dupla moral predominantes na época.
Além da riqueza de sua obra, ele tem o mérito de dar voz aos excluídos, como os negros, os pobres e as mulheres, que sofriam com a sociedade preconceituosa em que viviam.
Jorge Amado é um dos autores brasileiros mais traduzidos em todo o mundo e tem diversas de suas obras adaptadas para filmes e novelas como o "remake" Gabriela, com texto de Walcyr Carrasco, exibido atualmente, na televisão.
 
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