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Marina Lima Leal
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FUTEBOL FEMININO |
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A Copa do Mundo de
Futebol Feminino é a competição mais
importante no futebol feminino internacional. Organizada pela
Federação Internacional de Futebol (FIFA), o órgão
controlador do esporte, o torneio da Copa do Mundo foi realizado
pela primeira vez em 1991, na China. Neste ano de 2019, coube à
França, sediar a competição. |
O torneio reúne atualmente 24 seleções
femininas a cada quatro anos, para competir pelo campeonato
mundial feminino desse esporte. |
No Brasil o decreto nº 3.199, de 14 de
abril de 1941, do governo Getúlio Vargas, proibiu a prática
de diversas atividades esportivas pelas mulheres. |
O decreto estabelecia: "As mulheres não
se permitirá a prática de desportos incompatíveis
com as condições de sua natureza, devendo, para
este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias
instruções às entidades desportivas do país".
Entre os esportes proibidos para as mulheres, estava o Futebol.
Em 1965, a Ditadura Militar transformava a regra em lei: "Não
é permitida a prática feminina de lutas de
qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de
praia, polo, halterofilismo e beisebol", dizia o texto
da Deliberação nº 7 de 1965. |
Em 1979, em meio a abertura política
geral, que começava a se desenhar no país, a
Deliberação nº 7 de 1965 foi revogada,
permitindo assim a abertura de clubes e ligas de futebol
feminino por todo o Brasil. Na verdade, muitos times já
funcionavam na clandestinidade e a falta de incentivo, mesmo após
a legalização, acabou mudando muito pouco o cenário. |
Apesar de nossas gurias estarem vencendo
barreiras, existe ainda muito preconceito em relação
ao Futebol Feminino, inclusive por parte das famílias e a
dificuldade já começa aí. O salário
das jogadoras, por exemplo, é infinitamente menor do que
o dos jogadores. Segundo o jornal O Globo, nossa Marta, a maior
artilheira de todas as Copas do Mundo, ganha somente 0,37% do
salário do jogador Neymar. O espaço na mídia
é restrito, tanto para a divulgação como
para a transmissão dos jogos. Pode-se observar isto, nos últimos
dias, quando a Copa vem ocorrendo na França. A maioria
das partidas não são transmitidas pelos canais
abertos, o que impede grande parte da população,
de assisti-las. |
A atacante e capitã norte americana,
Megan Rapinoe, considera que a FIFA não está
fazendo o bastante pelo futebol feminino, levando-se em
consideração os recursos e a capacidade da
entidade. |
Apesar de todas as barreiras, muitas
jovens, inspiradas em Marta, Cristiane. Formiga, Debinha,
Andressinha e nas demais atletas brasileiras, estão
lutando para que o Futebol Feminino venha a ter a mesma
visibilidade do masculino, afinal, o Futebol Feminino também
representa uma busca por igualdade. |
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Canoas, em 29 de junho de 2019. |
Marina Lima Leal |
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