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Texto publicado aqui em 8/03/2023 Retornar textos da autora Retornar textos da autora
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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2022
Neste ano, o objetivo principal da Campanha, que é realizada no período da Quaresma, é “Promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário”.
“A CF/2022 tenta pressionar por políticas públicas substanciais, onde educadores e educadoras, possam efetivamente “falar com sabedoria e ensinar com amor”, coisa que, por outro lado, exige uma atitude de respeito e escuta para com os demais saberes que brotam dos distintos setores da população”, escreve Pe. Alfredo J. Gonçalves, do Serviço Pastoral dos Migrantes - SPM/SP.
A Campanha da Fraternidade de 2022 reflete, oportunamente, o tema da educação. Nosso grande educador, Paulo Freire, insistia na Educação como prática da liberdade, título de uma de suas obras. Outro de seus livros, Pedagogia do oprimido, por sua vez, vincula a educação fundamental a um diálogo crítico e transformador com a realidade socioeconômica e cultural.
Quanto ao lema, a CF/2022 optou por uma frase bíblica tirada do Livro dos Provérbios: “Fala com sabedoria, ensina com amor”. Vale sublinhar que estamos diante de uma das linhas mestras da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Três entraves de caráter histórico e estrutural, no entanto, impedem que o Brasil possa estender esse direito ao conjunto da população: a desigualdade social, o descaso do atual governo diante da cultura, da educação e o preconceito racista e excludente. No caso da desigualdade social, o país caminha com “um peso de chumbo” atado aos próprios pés. Trata-se da discrepância que, historicamente, vem cavando um fosso cada vez mais fundo entre a base e o pico da pirâmide socioeconômica. A condição de pobreza extrema impossibilita o acesso integral à rede pública de educação.
Sem ou com muito pouca escolaridade, os pobres não terão condições de exercerem funções, que lhes permitam viver com dignidade. Não conseguem sair das condições de pobreza em que vivem e não têm acesso a uma educação que lhes ofereça a oportunidade de “ler seu mundo”, para poder transformá-lo.
Marina Lima Leal
Fevereiro de 2022.
 
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