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Marina Lima Leal
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FORUM SOCIAL DAS
RESISTÊNCIAS 2020 |
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O Forum Social
Mundial nasceu em 2001, em Porto Alegre. Trata-se de um encontro
das esquerdas, dos movimentos sociais e de organizações
não governamentais, que realizam um debate planetário,
com o objetivo de construir algo novo, em contraposição
ao modelo dominante, que vem agravando as desigualdades, a
degradação ambiental e o aumento da exploração
dos trabalhadores e de centenas de países pobres. |
Nestes 19 anos de existência, o FSM
tem sido realizado em diversos países do mundo e
diversificado seu formato, mas nunca se desviou do seu princípio
original: Um Outro Mundo é Possível. |
De 21 a 25 de janeiro, próximos,
Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana sediarão
o Fórum Social das Resistências 2020, que terá
como tema Democracia, Direitos dos Povos e do Planeta.
É organizado e promovido pelo conjunto dos Movimentos
Sociais do RS e terá início com a Marcha de
Abertura na terça-feira, 21, a partir das 17h, no Largo
Glênio Peres, no centro da capital gaúcha. |
Apesar de seus limites, os Foruns
Sociais seguem sendo espaços abertos, plurais, de
encontros horizontais e debate democrático que já
produziram iniciativas comuns e podem contribuir na formulac¸a~o
de propostas e na articulação de ações
capazes de se opor ao domi´nio do capital e de todas as
formas de dominação, afirmam seus
organizadores. |
Democracia, Direitos dos Povos e do
Planeta. Com este lema, em janeiro de 2017 foi realizado o 1°
Fórum Social das Resistências em Porto Alegre. |
Depois disto, o crescimento das agendas
neofascistas, neoliberais e de retirada de direitos se
aprofundaram, tanto no Brasil como no resto do mundo. Os EUA
intensificaram seus ataques aos países não
alinhados da América Latina, do Oriente Médio e da
Ásia. Os movimentos de orientação fascista
e antidemocrática seguiram crescendo, não só
nos espaços institucionais, mas também na base de
nossas sociedades. Essas derrotas ocorreram a partir de uma
ofensiva articulada das forças de direita, nacionais e
internacionais, utilizando-se dos novos mecanismos das mídias
sociais, do cerco da imprensa corporativa e da crise econômica,
social e ambiental que se agrava a cada ano. Sabemos que a
agenda defendida pelo mercado capitalista e incorporada pela
extrema-direita visa a retirada de direitos sociais, a restrição
de direitos políticos das classes populares, a exploração
sem precedentes da natureza e o aprofundamento da concentração
de riquezas nas mãos de apenas 1% da humanidade. |
Esta realidade coloca as defensoras e
defensores da democracia, da solidariedade e dos direitos
humanos em estado de alerta e exige um esforço extra no
processo de articulação de uma agenda capaz de
produzir uma unidade mundial do campo democrático e
popular em torno de propostas capazes de enfrentar as crises
ambiental, econômica, social e a crise dos valores democráticos. |
O FSResistências2020 soma-se às
outras iniciativas que estão sendo articuladas ao
processo de mobilização e articulação
do Fórum Social Mundial que será realizado no
final de 2020 ou início de 2021 na cidade do México.
Acreditamos que as inúmeras formas de resistências
dos povos, dos territórios e dos movimentos contra o
neoliberalismo representam possibilidades de mudanças que
estão sendo construídas na prática. |
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Marina Lima Leal |
Tramandaí, 20 de janeiro de 2020. |
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