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Texto publicado aqui em 12/03/2020 Retornar textos da autora Retornar textos da autora
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FORUM SOCIAL DAS RESISTÊNCIAS 2020
O Forum Social Mundial nasceu em 2001, em Porto Alegre. Trata-se de um encontro das esquerdas, dos movimentos sociais e de organizações não governamentais, que realizam um debate planetário, com o objetivo de construir algo novo, em contraposição ao modelo dominante, que vem agravando as desigualdades, a degradação ambiental e o aumento da exploração dos trabalhadores e de centenas de países pobres.
Nestes 19 anos de existência, o FSM tem sido realizado em diversos países do mundo e diversificado seu formato, mas nunca se desviou do seu princípio original: “Um Outro Mundo é Possível”.
De 21 a 25 de janeiro, próximos, Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana sediarão o Fórum Social das Resistências 2020, que terá como tema “Democracia, Direitos dos Povos e do Planeta”. É organizado e promovido pelo conjunto dos Movimentos Sociais do RS e terá início com a Marcha de Abertura na terça-feira, 21, a partir das 17h, no Largo Glênio Peres, no centro da capital gaúcha.
Apesar de seus limites, “os Foruns Sociais seguem sendo espaços abertos, plurais, de encontros horizontais e debate democrático que já produziram iniciativas comuns e podem contribuir na formulac¸a~o de propostas e na articulação de ações capazes de se opor ao domi´nio do capital e de todas as formas de dominação”, afirmam seus organizadores.
Democracia, Direitos dos Povos e do Planeta. Com este lema, em janeiro de 2017 foi realizado o 1° Fórum Social das Resistências em Porto Alegre.
Depois disto, o crescimento das agendas neofascistas, neoliberais e de retirada de direitos se aprofundaram, tanto no Brasil como no resto do mundo. Os EUA intensificaram seus ataques aos países não alinhados da América Latina, do Oriente Médio e da Ásia. Os movimentos de orientação fascista e antidemocrática seguiram crescendo, não só nos espaços institucionais, mas também na base de nossas sociedades. Essas derrotas ocorreram a partir de uma ofensiva articulada das forças de direita, nacionais e internacionais, utilizando-se dos novos mecanismos das mídias sociais, do cerco da imprensa corporativa e da crise econômica, social e ambiental que se agrava a cada ano. Sabemos que a agenda defendida pelo mercado capitalista e incorporada pela extrema-direita visa a retirada de direitos sociais, a restrição de direitos políticos das classes populares, a exploração sem precedentes da natureza e o aprofundamento da concentração de riquezas nas mãos de apenas 1% da humanidade.
Esta realidade coloca as defensoras e defensores da democracia, da solidariedade e dos direitos humanos em estado de alerta e exige um esforço extra no processo de articulação de uma agenda capaz de produzir uma unidade mundial do campo democrático e popular em torno de propostas capazes de enfrentar as crises ambiental, econômica, social e a crise dos valores democráticos.
O FSResistências2020 soma-se às outras iniciativas que estão sendo articuladas ao processo de mobilização e articulação do Fórum Social Mundial que será realizado no final de 2020 ou início de 2021 na cidade do México. Acreditamos que as inúmeras formas de resistências dos povos, dos territórios e dos movimentos contra o neoliberalismo representam possibilidades de mudanças que estão sendo construídas na prática.
Marina Lima Leal
Tramandaí, 20 de janeiro de 2020.
 
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