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Texto publicado aqui em 03/06/2020 Retornar textos da autora Retornar textos da autora
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EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO (ENEM)
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é uma prova realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, autarquia vinculada ao Ministério da Educação do Brasil, e foi criada em 1998.
O Ministro da Educação, Abraham Weintraub e o presidente do INEP anunciaram no dia 31 de março, a data do ENEM 2020 e, sem nenhuma sensibilidade para o momento que vivemos, optaram por manter o mesmo cronograma de realização das provas, para os dias 01 e 08 de novembro.
As instituições públicas de Educação Básica de todo o país, enfrentam a falta de estrutura para oferta de aulas on line. No Rio Grande do Sul, dados, do IBGE, de 2017, revelam que apenas 29,4% dos domicílios possuem computadores conectados à internet, o que ocasiona grande dificuldade para implantação de um tipo de ensino remoto.
Para diminuir os danos causados pela suspensão das aulas, o governo do Estado pretende transmitir através da TVE, a partir de 18 de maio, material didático, com foco na preparação para o ENEM. Conforme o próprio governo, a TVE cobre a grande Porto Alegre e mais 13 cidades do interior. Diante do exposto, um número considerável de estudantes, não terá acesso a essas aulas.
Para que nenhum estudante tenha seu ingresso na Universidade prejudicado, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) lançaram a campanha: “Adia ENEM”, que defende a suspensão do edital, e um novo debate sobre o cronograma do Exame, propondo o adiamento da aplicação das provas e buscando soluções para ajuste dos calendários em conjunto com a rede de ensino básico e de ensino superior brasileiras. O pedido também foi feito pelos secretários de Educação dos estados, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), por Universidades e especialistas em Educação.
Diante dos muitos pedidos de adiamento, o ministro, em entrevista a CNN Brasil, demonstrou sua insensibilidade ao afirmar: “O ENEM não é para atender injustiças sociais, é para selecionar os melhores”.
Se prevalecer a decisão do ministro, os candidatos partirão para o Exame, em condições desiguais, já que uma grande parte, não terá acesso às aulas remotas, nem as transmitidas pela TVE. O ENEM não pode produzir injustiças. Para realizá-lo, devem ser dados os mesmos direitos a todos os estudantes que a ele irão se submeter.
Marina Lima Leal
18 de maio de 2020.
 
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