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Marina Lima Leal
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DIA DO
TRABALHADOR, NADA A COMEMORAR |
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Neste ano de 2017, o primeiro de maio será
um dos piores dos últimos anos, para o trabalhador
brasileiro. Não bastasse o desemprego que assola o país
e provoca uma grande insegurança entre os trabalhadores e
suas famílias, duas novas leis foram aprovadas
recentemente, pela Câmara de Deputados,retirando direitos,
com muita luta conquistados. |
A terceirização, votada a
toque de caixa, passou na Câmara e foi sancionada pelo
Presidente da República. A lei libera o trabalho
terceirizado em todas as atividades das empresas e várias
atividades do Estado. Por 231 votos a favor, 188 contra e oito
abstenções, a base aliada do Governo Michel Temer
conseguiu ressuscitar o texto, proposto há 19 anos pelo
Governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso
(PSDB) e já aprovado no Senado. |
As Centrais Sindicais e deputados da oposição
criticaram a medida, porque ela fragiliza e precariza as relações
de trabalho e achata os salários. Antes do projeto, a
Justiça do Trabalho só permitia a terceirização
em atividades secundárias conhecidas como
atividades-meio, que não são o principal negócio
de uma companhia. Os terceirizados são muito exigidos e
pouco reconhecidos. |
No último dia 26 de abril, o plenário
da Câmara aprovou texto principal da Reforma Trabalhista,
proposta pelo governo Temer, que altera a Consolidação
das Leis Trabalhistas (CLT), por por 296 votos favoráveis
por 177 contrários. Entre outras medidas, estabelece que
os acordos entre patrões e empregados, em 16 itens, serão
válidos, mesmo que proibidos pela CLT e a jornada de
trabalho poderá chegar a 12 horas diárias. |
Como vemos, o governo ofereceu aos
trabalhadores, às vésperas de sua data
comemorativa dois presentes, que lhes retiram
direitos e tornam sua situação mais fragilizada,
frente aos patrões. Para ele, os trabalhadores devem
pagar, mais uma vez, a conta da crise. Como sempre, o andar de
cima não foi atingido. |
Devemos nos colocar em alerta porque mais
uma bomba está por vir: a Reforma da Previdência.
Só com mobilizações muito fortes, poderemos
detê-la. |
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Marina Lima Leal |
28 de abril de 2017 |
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