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Texto publicado aqui em 28/05/2019 Retornar textos da autora Retornar textos da autora
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DIA DA EDUCAÇÃO
O Dia da Educação é comemorado anualmente em 28 de abril. Este dia foi escolhido quando terminava o Fórum Mundial de Educação realizado em Dakar, Senegal, no ano de 2000.
Neste Fórum ficou estabelecido o compromisso dos países de levar a educação básica a todas as crianças e jovens do mundo. O dever do Estado é garantir condições para a formação educacional de todos os cidadãos, com qualidade e gratuitamente.
O Brasil ainda enfrenta graves problemas com a qualidade do ensino e educação, no entanto, o número de analfabetos caiu bastante nos últimos dez anos, segundo dados do Ministério de Educação, apesar deste dado, a situação da Educação está muito complicada. O ano letivo iniciou, com uma carta do Ministro da Educação, sugerindo que os alunos cantassem o Hino Nacional, filmando a atividade e enviando para o MEC. Encaminhou ainda o pedido de se recitar o slogan da campanha de Bolsonaro nas escolas.
O disparate foi tão grande, que despertou imediata e indignada reação da sociedade. De tão absurda, a decisão acabou sendo revista pelo ministro Ricardo Vélez Rodrigues, que admitiu o erro. Afirmou ainda, que iria banir do MEC, Paulo Freire, pensador da educação traduzido e respeitado no mundo inteiro. Sem as mínimas condições de permanecer no cargo, o ministro foi substituído por Abraham Weintraub e, pelo que se observa, o Ministério da Educação continua sem rumo ou num rumo não desejado pelos educadores e sociedade, de modo geral. O Ensino Domiciliar é uma das prioridades dos 100 primeiros dias do governo Bolsonaro e o Projeto da Escola sem Partido ainda não está enterrado. "Infelizmente, vivemos um momento de sérias dificuldades no campo educacional. Basta ver que, no epicentro do Ministério de Educação, estão disputas que nada têm a ver com ensino; uma disputa de poder entre grupo de conservadores que nada entendem de educação. É um ministério como órgão de Estado sendo dirigido pelo Twitter por um falso guru". (Madalena Guasco Peixoto)
Como medida mais recente, o ministro Abraham Weintraub afirmou que retirará recursos das faculdades de Filosofia e de Sociologia, que seriam cursos "para pessoas já muito ricas, de elite", para investir "em faculdades que geram retorno de fato: enfermagem, veterinária, engenharia e medicina".
Aqui no Rio Grande, o caos continua, com perda de direitos e salários congelados e atrasados para a categoria dos trabalhadores em educação e demais funcionários.
Portanto, nada a comemorar.
Marina Lima Leal
28 de abril de 2019.
 
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