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Texto publicado no sítio da ACE em 01/02/2021 Retornar textos da autora Retornar textos da autora
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2020, UM ANO PERDIDO?
Em 2020, vivemos, em todo o mundo, a pior pandemia em um século, com lideranças que distorceram a realidade, negando sua gravidade, desobedecendo os protocolos de segurança, alimentando teorias de conspiração.
Dividiram espaço nos noticiários gestos de coragem, solidariedade e resiliência, por parte de alguns, com desvios de dinheiro, aglomerações irresponsáveis, disseminação de informações falsas, reivindicação de privilégios indevidos, por parte de outros. Não foram poucas as situações em que a ambição, a estupidez e o mais espesso egoísmo ditaram o comportamento das autoridades e do cidadão comum.
Na Educação, especialmente na escola pública, houve muitas dificuldades. Faltaram equipamentos, acesso à internet, adaptação adequada do espaço em casa, para professores e alunos, familiaridade com a tecnologia, educadores sem preparo para lidar com as ferramentas digitais, alunos e docentes sem equipamentos ou com pacote de dados insuficientes para o acompanhamento das aulas, professores e funcionários de escola forçados a trabalhar presencialmente em plena pandemia, numa escola sem condições de segurança para a prevenção ao contágio. Os equipamentos de proteção foram recebidos, pelas escolas, com grande atraso.
Tudo levava a crer que o ano letivo seria realmente perdido, mas o que se viu foi o empenho dos educadores, que não mediram esforços para se fazer presentes na formação dos alunos. Trabalharam até à exaustão, acumulando aulas presencias, com as virtuais e extrapolando sua carga horária de trabalho.
Uma pesquisa aponta, que além dos professores, a pandemia aproximou também os pais da vida escolar dos filhos e fez com que valorizassem mais o papel do professor.
Trouxe também a necessidade de incorporação dos recursos tecnológicos digitais, a renovação de abordagens pedagógicas e uso de diferentes metodologias de ensino e este foi um aspecto positivo.
Contudo, como os alunos não tiveram acesso de modo igualitário aos meios digitais, resultaram em diferenças muito maiores, entre eles. Esta situação dificultará gestores e professores, a estabelecerem um diagnóstico e, partir dele, atender estas diferenças.
O ano de 2021, vem com todos estes desafios e os novos prefeitos, juntamente as autoridades educacionais e as comunidades escolares, terão que fazer um grande esforço, para superá-los.
Marina Lima Leal
1º de janeiro de 2021.
 
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