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Marina Lima Leal |
Texto publicado no sítio da ACE em 04/03/2012 |
DIA INTERNACIONAL DA MULHER, 2012 |
Apesar de todas as dificuldades pelas quais as
mulheres ainda passam, costumo, a cada Dia Internacional da Mulher,
fazer um balanço das últimas conquistas da mulher
brasileira. Isto não significa esquecer das mulheres do mundo
inteiro e dos problemas por que passam, especialmente em alguns países.
Em dezembro do ano passado, mais uma mulher e desta vez uma gaúcha,
teve, numa das mais longas sabatinas da história recente do
Senado, sua indicação ao Supremo Tribunal Federal.
Trata-se de Rosa Maria Weber, que anteriormente era ministra do Tribunal
Superior do Trabalho e foi indicada pela presidente Dilma Roussef. Durante
a sabatina realizada pelo Senado, a ministra criticou a lentidão
do Judiciário, manifestou posição favorável à
investigação de juízes pelo Conselho Nacional de
Justiça e disse apoiar, até mesmo, mudanças no rito
de indicação de ministros ao STF, hoje prerrogativa da
Presidência da República.
Rosa é a terceira mulher a ocupar uma vaga no STF. A
primeira foi Ellen Gracie Northfleet, em 2000, é carioca, mas fez
carreira no Rio Grande do Sul; a segunda foi Cármen Lúcia
Antunes Rocha, mineira, indicada em 2006. Mais recentemente, no mês
de fevereiro, a engenheira Maria das Graças Silva Forster, tomou
posse na presidência da Petrobrás, oitava empresa mais
valiosa do mundo. De família humilde, estudou muito, em escolas públicas,
tornou-se funcionária de carreira da Petrobrás e, agora, a
primeira mulher no mundo a ocupar a presidência de uma grande
petrolífera.
Foram, sem dúvida, duas importantes conquistas, mas não
podemos esquecer das mulheres anônimas, que hoje batalham, com um
salário menor do que o dos homens, para sustentar seus filhos,
muitas vezes sozinhas, numa jornada desumana de trabalho. Muita luta
ainda é necessária para que todas as mulheres, do Brasil e
do mundo tenham uma vida digna e possam comemorar esta data a elas
dedicada. |