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Adrian'dos Delima
Adrian'dos Delima (Canoas, RS), pseudônimo para Adriano do Carmo Flores de Lima, é poeta, tradutor, teórico de poesia e compositor. Cursou Letras, habilitação Tradução na UFRGS, onde não se graduou em função de dificuldades econômicas. Na década de 1990 publicou poemas em antologias e fanzines fotocopiados que editou com amigos, além de editar e publicar no jornal "Falares", dos estudantes de letras da UFRGS. Seguindo seus estudos como autodidata, posteriormente publicou em revistas de papel e online, como a Germina, a Babel Poética e a Sibila. Publica, sem muita regularidade, traduções e poemas próprios na sua página Rim&via (partidodoritmo.blogspot.com.br). É autor dos livros "Consubstantdjetivos ComUns (Vidráguas e Gente de Palavra, 2015)" , "Flâmula e outros poemas (Gente de Palavra, 2015)" e "Aqui fora o olholhante (Vidráguas, 2017).

Livros publicados:
Flāmula e outros poemas
Flâmula e outros poemas é uma parte da poesia jovem deste autor, a mais telegráfica desta, sendo grande parcela dela feita de verdadeiros "telegramas" (pois poemas brevíssimos), usando uma expressão muito utilizada por Canabarro Tróis Filho para definir o seu tipo de poema preferido.
Todos os poemas foram produzidos antes do autor completar vinte e cinco anos, na gênese do seu fazer poético, todos se encaixando bem, formal e tematicamente, uns ao outros dentro da coletânea, como se escritos já com a finalidade de criar um bloco coeso e coerente.
E, enfim, se à princípio o livro não seria muito mais que isso, uma mera coletânea, quase um "armazém de poemas", usando agora o dizer de João Cabral de Mello Neto, por outro lado apresenta uma sequência ordenada logicamente.
Assim, a meu ver, a coletânea deixa de ser um mero "armazém" e passa a ter um significado um tanto unívoco. Reforça este meu esboço de tese o fato de que estes poemas podem ser utilizados como ferramenta para a decodificação da poesia mais madura, mais complexa ou de mais fôlego do autor.
Tendo tanto esta última poesia como a mais singela raízes, principalmente, em autores considerados vanguardistas, no sentido historográfico, e/ou "inventores", nos termos de Ezra Pound, esta coletânea pode também servir de guia para a apreensão das formas expressivas utilizadas pelos poetas mais arrojados do século XX e seus precursores.
E sem perder de vista, é lógico, que o "conteúdo" da boa poesia deve ser sempre atual, novo, imune em seu valor de leitura viva às mazelas mais sórdidas de cada tempo, esperamos que aqui se encontre este bom espécime de poesia.
 
Flâmula e outros poemas, Editora Gente de Palavra, edição em papel artesanal impressa na gráfica da UFRGS, Porto Alegre, julho/2015.
 
 
Consubstantdjetivos comuns
ConSubstantDjetivos ComUns, um livro para se conviver
Há também uma tradição da poesia de invenção. O que é também uma contradição, pois, no limite, a ideia de invenção está mais para ruptura do que para continuidade. Então, como seria possível se fazer uma tradição de rupturas? Neste livro do Adrianodos, temos palavras-valises, neologismos, escritas arcaicas. Tudo isso está no repertório estético da poesia de vanguarda. Assim, mais do que dizer que Adrianodos está fazendo algo novo, vale dizer que ele está levando adiante uma tradição, a tradição da poesia de invenção. Dentro desse campo, ele consegue bons efeitos. Há poemas no limite da leitura e da desleitura. Um fluxo de palavras no espaço que poderiam ser lidas em várias ordens e desordens. Tudo contribuindo para formar esboços de significado que se esboroam no fluxo de um dizer que se desdiz. E tem ainda de quebra mais uns ótimos poemas sem pretensão outra que a de serem poemas. Se um bom livro de poesia é para ser lido e relido, um livro como esse é para se conviver com ele. Entrar numa página, correr os olhos, pescar uma palavra, uma construção curiosa. E assim, quando se vê, com o passar do tempo, o que parecia oculto mostra que era mesmo oculto. E que era esse o seu mérito.
Ricardo Silvestrin
 
Consubstantdjetivos ComUns, Editora Vidráguas, Porto Alegre, fevereiro/2015.
 
 
O AQUI FORA OLHOLHANTE
O AQUI FORA OLHOLHANTE
"O AQUI FORA OLHOLHANTE" é uma coletânea de poemas da gênese da poética de invenção de Adrian'dos Delima. O livro se inscreve dentro da tradição da inovação ou ruptura e pode servir como roteiro para entender as vanguardas poéticas do início do século XX e toda a poesia de invenção subsequente. O título "O AQUI FORA OLHOLHANTE" provém do eu poético ser um olhar "marginal", que se coloca como não participante do que vê.
 
O AQUI FORA OLHOLHANTE, Editora Vidráguas, Porto Alegre - 2017.

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